Na Sessão Ordinária desta terça-feira, que deu início aos trabalhos legislativos do segundo semestre da Câmara Municipal de Coxim, o vereador Marcinho Souza (PSB) apresentou requerimento solicitando o cumprimento da Lei nº. 13.722 (Lei Lucas), de 4 de outubro de 2018, que torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil.
Marcinho lembra que o requerimento tem intuito de possibilitar que os professores consigam agir em situações emergenciais em que seja necessário agir em prol da vida da criança enquanto a assistência médica especializada ainda não estiver no local.
“Agora em setembro teremos o início parcial da volta às aulas presenciais, e este curso é de extrema importância. Com a capacitação desses profissionais podemos evitar alguma tragédia”, disse o vereador.
SOBRE A LEI LUCAS
Lei Lucas (13.722/18) foi sancionada dia 04/10/2018. Ela obriga as escolas, públicas e privadas, de educação infantil e básica, a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros. As instituições de ensino devem ministrar cursos que capacitem professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros.
A necessidade dessa lei ocorreu devido a um acidente que ocorreu com Lucas Begalli, uma criança de apenas 10 anos de idade, que perdeu a vida em um simples passeio escolar. Essa fatalidade poderia ter sido evitada se houvesse preparo sobre primeiros socorros pelas pessoas responsáveis pelo evento.
Lucas Begalli tinha apenas 10 anos quando perdeu a vida em uma excursão da escola que frequentava, em Campinas. Motivo: asfixia mecânica que ocorreu em questão de minutos. Ou seja, ele se engasgou com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram no lanche. Mas não recebeu os primeiros socorros de forma rápida e adequada.
Lucas chegou a transferido em uma UTI móvel para o hospital, mas acabou falecendo. Ele sofreu sete paradas cardíacas em 50 minutos de tentativas de ressuscitação.
É possível que, se houvesse tentativas de reanimá-lo antes da chegada da UTI móvel, talvez ele estivesse vivo — o tempo nesses casos é um dos mais importantes fatores para a sobrevivência do paciente, pois os primeiros minutos são decisivos.